quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ai Quem Me Dera, de Vinícius de Morais

Ai, quem me dera terminasse a espera Retornasse o canto simples e sem fim E ouvindo o canto se chorasse tanto Que do mundo o pranto se estancasse enfim Ai, quem me dera ver morrer a fera Ver nascer o anjo, ver brotar a flor Ai, quem me dera uma manhã feliz Ai, quem me dera uma estação de amor Ah, se as pessoas se tornassem boas E cantassem loas e tivessem paz E pelas ruas se abraçassem nuas E duas a duas fossem casais Ai, quem me dera ao som de madrigais Ver todo mundo para sempre afim E a liberdade nunca ser demais E não haver mais solidão ruim Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais Dizer que a vida vai ser sempre assim E, finda a espera, ouvir na primavera Alguém chamar por mim

2 comentários:

Unknown disse...

Paula parabéns está cada vez mais lindo tudo nesse blog.Nossa essência quando chega perto de nós é como imã, nem precisa esforço para identificá-la né? Parab´ns de novo pelo texto belíssimo de Fernando Pessoa e pelos campos de lavanda de Provence , indescritíveis. Bjuss Regina

Paula Oliveira disse...

Aqui tem tudo que gosto, acredito, critico, não gosto, enfim...insights , catrses, viajens...
e sei que todos que tenho afinidade, virão sempre me ler e compartilhar. Bjs, te amo, Paula.