quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Anormal no Carnaval, parte 2

Dos 8 aos 15 anos de idade costumava ir anualmente passar minhas férias de Janeiro até o Carnaval , com meu pai, numa cidade no interior do Estado do Rio de nome Farol de São Tomé, no município de Campos. Adorava, ficávamos hospedados na casa de uma prima com filhos da minha idade, explica-se porque sou temporão. Aliás vários primos e primas da minha idade. Todos residiam em Campos, parentes por parte de pai. Essa prima, mais velha , de nome Gilda, um doce de pessoa, costurava muito bem e fazia nossas fantasias, todas iguais. Fazíamos um mini bloco e gostávamos de brincar nos blocos de rua ou num clube de nome Náutico que existe até hoje. Nossa, que época gostosa, nos divertíamos muito de uma forma sadia ... feliz.
Isso tudo pra dizer que um dia já gostei de Carnaval, pulei, sambei, brinquei ... simplesmente.
Hoje, quando vou ao Sambódromo, no meu caso para trabalhar, fico impressionada com minha própria indiferença em relação a tudo isso. Me questiono se é o que chamam de Carnaval .... bem diferente do que vivenciei um dia.
Fico a imaginar essas pessoas da velha guarda de 70 , 80 anos, como pude presenciar, fazendo sacrifício de estar na avenida como se fosse uma questão de vida ou morte, passando por cima de suas limitações físicas, problemas de saúde para estar ali por 70 minutos. Para esses bato palma porque sei que estão ali de coração .
Hoje a manipulacão pela mídia é tamanha que chega ao cúmulo de ter que aguardar o término de novelas e/ou programas de tv para poder se iniciar o desfile das escolas de samba com toda a escola e bateria na já concentracão. Vai dormir com um barulho desses!

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